sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Mestre Graciliano



É sabido de muitos (as) que Graciliano Ramos proibiu que o Hino de Alagoas fosse cantado nas escolas públicas de todo o Estado de Alagoas, no ano de 1933. Ele era Diretor da Instrução Pública, que equivale, hoje, a secretário de educação. O Mestre Graça chamou o hino uma “estupidez de solecismos”. – Solecismos são falhas burras na confecção de um texto. – E o Hino de Alagoas é, de fato, estupidez ao quadrado. – Com essa medida radical, ELE desagradou a gregos, troianos e alagoanos. – Estes, acusaram o Mestre de impatriótico. – Graciliano não se perturbou nem um pouquinho. E respondeu pela imprensa: - “Tenho horror aos patriotas, aos hinos e aos toques de corneta. Sem dúvida, essas coisas são indispensáveis, por enquanto. – Mas isso não me leva a gostar delas. Porque são horríveis.” – 2. De fato, eu conheço o Hino de Alagoas e sei que ele é horroroso, de cima a baixo. – E aquela birra de Graciliano com hinos já vinha de longe. – Em fevereiro de 1921 ele publicou artigo em jornais, nestes termos: “Hinos são festivais de patriotadas de fazer cair o queixo. São palavras bojudas, infladas de palavrões difíceis; cabeludas, incompreensíveis. – As patriotices rimadas são a causa das enxaquecas de muita gente que tem ouvidos para ouvi-las. Mas não tem estômago suficientemente forte para digeri-las.” – 3. ¡Solamente por hoy! /.

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